sexta-feira, 9 de outubro de 2009

E nada te faltará

Pode ser que nada me falte. E quanto ao vizinho? Às vezes me faço essa pergunta. Faço faculdade federal, falo português, inglês alemão e estou no curso de francês. Talvez o mar não esteja pra peixe, e demore a conseguir meu lugar ao sol, mas sei que terei a qualificãção necessária para isso. Mas por causa disso devo parar e pensar no meu próximo?
É difícil aceitar o que acontece. A falta de amor da sociedade. A falta de amor com o próximo. Por que será que até as pessoas que pregam pela fé ( não preciso citar nomes, preciso?) desviam dinheiro para os seus bolsos obesos e gordurosos? Será que ninguém se importa com o feijão que os pobres estão deixando de comer para construir esse império dourado regado com miséria alheia?
Eu que sou suburbano me incomodo bastante em passar por uma rua com crianças de ruas. Será que os chiques e bambans da zona sul também sentem isso? Será que o contraste já não é mais estonteante para os que lá habitam? Estou acostumado a ver meninos de rua . Mas nunca vou me acostumar com isso. Pareceu estranha essa construção né? Mas é verdade. Estou acostumado a ver os filhos esquecidos da sociedade, no sentido de que sempre os vejo. Mas nunca vou vê-los sem sentir alguma emoção. Nunca mae acostumarei com isso.
E você? É leitor, não espero que mudemos o mundo. Mas sim que mudemos uma mentalidade. Podemos nos unir como uma real sociedade. Podemos ser um mar.

Nenhum comentário: